Segundo
o jornal "The New York Times", as acusações baseadas numa investigação
do FBI que começou em 2011 apontam corrupção generalizada na Fifa nas
últimas duas décadas - envolvendo a disputa pelo direito de sediar as
Copas da Rússia (2018) e Catar (2022) - além de contratos de marketing e
televisionamento.
A Federação de Futebol da Austrália (FFA) recebeu nesta quinta-feira
uma solicitação para informar à polícia federal do país sobre o suposto
roubo de cerca de 500 mil dólares australianos (R$ 1,2 milhões) em
recursos do futebol por parte do ex-diretor da Fifa, Jack Warner.
Warner, ex-vice-presidente da
Fifa, se entregou ontem às autoridades de Trinidad e Tobago após ser
acusado pelos Estados Unidos, junto com outros 13 diretores da entidade
máxima do futebol, de cobrança de propina, cujo valor total pode chegar a
US$ 150 milhões.
O dinheiro australiano que supostamente foi
desviado por Warner não está incluído na acusação das autoridades
americanas, mas foi avaliado por elas em suas investigações.
Segundo
o jornal "Sydney Morning Hearald", Warner pediu dinheiro para as obras
de reforma de um estádio em Trinidad e Tobago em 2010, ano em que a FFA
buscava o apoio do diretor em sua campanha para ser a sede da Copa do
Mundo.
"Aparentemente, a FFA foi surpreendida nesta rede de
intrigas que mostra que a Fifa é um castelo de cartas corrupto", disse o
senador Xenophon.
Corinne
Blatter, filha do presidente da Fifa Joseph Blatter, disse no domingo
(31), em entrevista à emissora britânica BBC, que o pai é vítima de uma
conspiração secreta e também que ele não é responsável por nenhum crime
de corrupção. "Ninguém está livre de culpa, mas não é ele que tem
roubado dinheiro", afirmou.
Questionada
se o pai, reeleito na última sexta-feira como mandatário máximo da
entidade interncional, é vítima de um plano para tirá-lo do poder, a
filha evitou apontar responsáveis, mas respondeu positivamente. "Eu não
diria que dos americanos e dos britânicos, mas certamente, existe gente
conspirando em segredo. Absolutamente. Não sei se chamaria de forças
ocultas, mas realmente estão tentando a sério. Tentaram em setembro e
outubro do ano passado. Como a Uefa pode dizer 'nós somos a confederação
mais forte'? Como não pode apresentar um candidato?", questionou
Corinne.
As ligações entre a Globo e a máfia da Fifa
De acordo ao site "O Cafezinho" (www.ocafezinho.com), o site teve acesso, com exclusividade, a documentos que ilustram
as relações comerciais íntimas, societárias, entre a Globo e J.
Hawilla, que confessou e foi preso pelo FBI no recente escândalo de
corrupção da Fifa.
Os nomes da família global são João Roberto Marinho e Flávia Daudt Marinho, filha de José Roberto Marinho.
Os irmãos Marinho tem usado seus filhos para burlar o decreto lei 236, que limita o número de emissoras em mãos de um proprietário.
A própria Traffic, empresa diretamente ligada aos esquemas de
corrupção da Fifa, traz fortes ligações com a Globo, na pessoa de José
Geraldo Góes, um dos sócios da Traffic.
Góes aparece em todas as listas de membros societários nas empresas
onde os J. Hawilla (ele ou seus filhos) tem participação, incluindo a TV
Aliança Paulista e TV Bauru, da qual os Marinho também são sócios.
As tvs dos Hawilla em São Paulo retransmitem o sinal da Globo. São
duplamente, portanto, controladas pela Globo: via conteúdo, que é dela, e
via participação societária.
A TV Tem, também do interior de São Paulo, reúne a turma toda na lista de sócios: João Roberto Marinho, dois filhos de J.Hawilla, o onipresente José Geraldo Góes, e a empresa Bonanza.
As empresas Bonanza e Lunar aparecem sempre associadas aos Marinho;
são usadas para controlar afiliadas da Globo no interior de São Paulo.
José Geraldo Góes é também presidente do Desportivo, um clube de futebol administrado pela Traffic.
Quer dizer, não só administrado. O Traffic é dono do Desportivo,
através da empresa T Desenvolvimento, que possui uma participação na
sociedade no valor de R$ 102 milhões.
Sempre que você olha para as empresas de J. Hawilla, esbarra com o
nome de José Geraldo Góes, em posição superior, como diretor, secretário
ou acionista. Góes também é sócio de várias tvs controladas pela Globo.